Saldo comercial alcança US$ 13 bi no acumulado do ano

11/08/2003 - 17h21

Brasília, 11/08/2003 (Agência Brasil - ABr) - O saldo positivo de US$ 291 milhões na segunda semana de agosto levou a balança comercial brasileira a acumular desde o início do ano um superávit comercial de US$ 13,021 bilhões. Até a semana passada, as exportações do ano somaram US$ 40,593 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 27,572 bilhões. Apesar do resultado recorde, as vendas de produtos brasileiros para o exterior continuam apresentando queda em relação ao mesmo período do ano passado. Por causa da operação-padrão da Receita Federal nas aduanas, as exportações médias diárias apresentaram retração de 5,2%.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações diárias caíram de US$ 261,4 milhões para US$ 247,8 milhões, no período. Todas as categorias de produtos - básicos, manufaturados e semimanufaturados - apresentaram retração em relação a agosto de 2002. No período, os semimanufaturados - principalmente celulose e açúcar bruto - apresentaram retração de 13,4% nas vendas, enquanto os básicos - principalmente petróleo bruto, café, farelo de soja, soja em grão e minério de ferro - e os manufaturados - principalmente aviões, laminados planos, aparelhos transmissores ou receptores, açúcar refinado, automóveis, motores para veículos, calçados e móveis - apresentaram respectivamente retração de 8,5% e 7,7%. Nas duas primeiras semanas de agosto, de todos os produtos exportados, os materiais de transportes, os metalúrgicos e a soja foram os mais exportados.

Mas assim como as exportações, as importações brasileiras em agosto também apresentaram redução em relação a 2002. De acordo com dados da Secex, as compras diárias médias de produtos importados passaram de US$ 189,7 milhões, em agosto do ano passado, para US$ 153,3 milhões, em agosto deste ano. No período, o Brasil reduziu os gastos com equipamentos elétricos e eletrônicos (43%), equipamentos mecânicos (33,6%), plásticos e derivados (25,9%), veículos automóveis e partes (24,8%), siderúrgicos (21,7%), químicos orgânicos e inorgânicos (16,9%), instrumentos de ótica e precisão (6,2%) e produtos farmacêuticos (6%).