Rio, 11/08/2003 (Agência Brasil – ABr) – O Índice de Preços do Comércio Varejista Amplo (IPCV-Amplo) do Rio de Janeiro acusou deflação de 0,36% em julho. Em junho, o índice registrou inflação de 0,06%. Esta foi a primeira vez que a Fecomércio/RJ divulgou o IPCV-Amplo, que reflete a variação de preços junto às famílias com rendimento até 40 salários mínimos. Foi também a primeira vez que o índice apontou variação negativa desde o início da série histórica em junho de 2002. As reduções nos grupos Veículo (–1,21%) e Alimentação (-0,78%) foram as mais significativas, contribuindo fortemente para a queda do índice ampliado.
Já o Índice de Preços do Comércio Varejista (IPCV), cujo cálculo envolve apenas as famílias com renda até oito salários mínimos, apurou deflação de 0,24% em julho. Embora ainda negativo, este resultado representa aceleração de 0,05 ponto percentual em relação ao mês de junho, que registrou deflação de 0,29%. No caso do IPCV, a maior redução, no mês, foi verificada no grupo Alimentação (–0,55%), seguida por Artigos de Residência (–0,41%).
Para apuração dos dois índices, são coletados mensalmente 37.840 preços, de 1.892 produtos, em 720 pontos comerciais. Segundo o diretor do Instituto Fecomércio-RJ, Luiz Roberto Cunha, as reduções nos preços dos hortigranjeiros contribuíram de forma significativa para a queda dos índices.
Com o resultado de julho, o IPCV-Amplo acumulou, nos últimos 12 meses, alta de 18,53%, destacando o grupo Alimentação, que ficou 27,36% mais caro nesse período. No IPCV, a alta, no mesmo período, foi maior, de 22,28%, sendo que o grupo Alimentação também foi o que teve maior aumento nos preços, acumulando 29,70%.
O grupo Despesas Pessoais, com taxa positiva de 3,25%, apontou a maior alta no mês, por conta dos aumentos no subgrupo Recreação, cujos produtos ficaram, em média, 3,42% mais caros. Já o grupo Alimentação, com queda de 0,55%, foi o que mais contribuiu para que o índice continuasse, em julho, registrando deflação. As maiores quedas foram verificadas em Tubérculos, Raízes e Legumes (–8,97%), Açúcares e Derivados (–3,64%), Farinha, Fécula e Massas (–2,24%) e Aves e Ovos (–1,73%). O grupo Recreação e Higiene Pessoal apontou movimento inverso, registrando a maior alta em julho, de 2,02%.