Porto Alegre, 8/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Em audiência de conciliação realizada na tarde desta sexta-feira, na Justiça Federal, em Santa Maria/RS, representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem, Terra (MST) se negaram a interromper a marcha de protesto que realizam com destino a São Gabriel, que fica a 324 quilômetros de Porto Alegre, onde está localizada a fazenda de Alfredo Southal, cuja desapropriação foi suspensa liminarmente pelo Supremo Tribunal Federal.
A audiência solicitada pela prefeitura de São Gabriel, reunindo sem-terra e ruralistas, tinha como objetivo interromper a marcha ,que vem causando tensão na região diante da posição assumida pelos 284 sindicatos rurais ligados à Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), arregimentando forças para impedir a entrada dos manifestantes no município .Os agricultores afirmam que não abrirão mão do direito de ir-e-vir.
O juiz da segunda Vara Federal, Loracy de Lima, pretende decidir no início da próxima semana sobre pedido feito pela prefeitura de São Gabriel para a interrupção da caminhada dos sem-terra.
Com a negativa do agricultores, os ruralistas decidiram realizar uma grande concentração de proprietários rurais neste final de semana, no Centro de Tradições Caibuaté, em São Gabriel.
O mandado de segurança foi impetrado pelo proprietário da fazenda desapropriada em São Gabriel, Alfredo Southal. Ele afirma que a propriedade é produtiva e também que não recebeu aviso de vistoria por parte do Incra, deverá ser julgado, a partir do dia 20 deste mês pelo Supremo Tribunal Federal. Ontem, a ministra do STF, Helen Grace Nort Flleet concluiu o relatório que será julgado 48 horas depois de publicado no Diário Oficial.