São Paulo, 8/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) considerou a decisão do Banco Central de reduzir o depósito compulsório dos bancos (o dinheiro que as instituições são obrigadas a recolher do total de captações feitas nas contas correntes) um mecanismo necessário para a reativação da economia. Em comunicado divulgado há pouco, a entidade ressaltou que a retomada deve ser observada principalmente no próximo ano.
"Essa medida sinaliza que o governo tem intenção de expandir o crédito, revendo a opção adotada em fevereiro, quando o BC elevou o compulsório de 45% para 60%", diz a nota. De acordo com a Fecomércio, o efeito da expansão no crédito só virá interferir de fato no consumo se houver, ao mesmo tempo, incentivo para que as pessoas físicas e jurídicas tomem dinheiro emprestado. A entidade defende a queda mais acentuada dos juros na ponta do consumidor e considera este um bom momento para o Banco Central e as instituições voltarem a discutir a possibilidade de redução do "spread' bancário.
Para os técnicos da Fecomércio, se essas medidas complementares se confirmarem, o setor deve se beneficiar e atingir resultados iguais ao ano passado. No entanto, a eventual evolução nas vendas, como reflexo dessa medida, só poderá ser notado a partir de abril de 2004.