São Paulo, 8/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A redução da alíquota do depósito compulsório dos bancos de 60% para 45%, anunciada hoje pelo Banco Central, deve injetar mais recursos na economia, "o que é fundamental, desde que se destine às atividades de produção e consumo", disse há pouco o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. Segundo ele, na verdade, esses recursos foram retirados das atividades de produção e consumo "e estão gerando uma brutal retração".
"Se o sistema financeiro o reorienta para as atividades de produção, nós teríamos condições de tentar começar a criar as bases do espetáculo do crescimento", acrescentou. Para Afif, entretanto, a medida é insuficiente para promover a retomada do crescimento, se não forem perseguidas duas outras metas: redução da Selic (taxa básica de juros da economia) e a revisão dos prazos de recolhimento de tributos de todas as empresas brasileiras. "Porque hoje os prazos são quase uma antecipação para o governo", explicou.