Brasília, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Prata ou dourado? Sem dúvida, o dourado. É sempre esta a decisão que os mesa-tenistas da equipe brasileira tomam ao escolher um objeto numa compra ou num adorno que venham a usar. Isso faz parte da "visualização positiva", um trabalho psicológico que os atletas fIzeram e continuam fazendo nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, República Dominicana, na busca pela medalha de ouro.
"Há algum tempo, relizaram uma pesquisa e constataram que, no tênis de mesa, o atleta usa, numa partida, 61 por cento do cérebro, ou seja, a emoção, o raciocínio; e 39 por cento do físico. Por isso, desenvolvemos também um trabalho piscológico no treinamentos de nossa equipe", revelou o técnico da equipe masculina, Marles Martins.
Tanto a equipe masculina como a feminina intensificaram os treinamentos para os Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo depois do Campeonato Mundial. As partes física e técnica foram apuradas e o trabalho psicológico, comandado por Walmor Largura, também foi reforçado. Uma das técnica utilizadas, a visualização positiva, consiste em mostrar aos atletas seus bons momentos, além de coisas que remetam seus pensamentos à vitória, como no caso de objetos dourados que lembram a medalha de ouro. "Nós passamos vídeos para os jogadores que mostram os bons momentos deles em diversas competições. Trabalhamos sempre o lado mais positivo. O Tiago e o Bruno, por exemplo, se vão comprar alguma coisa e tem um prata e outro dourado, eles levam o dourado", contou o treinador.
Além das motivações visuais, alguns atletas se utilizam de certas músicas para elevar o moral e garantir um pensamento voltado ao triunfo. Antes do início das partidas Tiago Monteiro sempre escuta a canção "Eye of the Tiger", tema do personagem vitorioso de Silvester Stallone no filme Rocky.