São Paulo, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Índice de Preços no Varejo (IPV), calculado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), registrou queda de 1,01%, em julho, contra uma alta de 0,27%, no mês anterior. É o mais baixo IPV desde outubro de 1998, quando o índice ficou negativo em 1,02%.

Essa queda já era esperada por conta da demanda retraída, que tem impossibilitado o repasse de preços, segundo a avaliação técnica da Fecomércio. Entre os fatores que contribuíram, os técnicos apontam o longo período de estabilização da taxa de câmbio e a recessão que afeta alguns setores da economia.

A retração alcançou até mesmo produtos não duráveis e que incluem alimentos, remédios e itens de higiene e limpeza. Este segmento apresentou queda de 0,60%, puxada, principalmente, pelos alimentos.

O Grupo de semiduráveis foi, no entanto, o que mais contribuiu para a desaceleração, fechando o mês com queda de 3%. Entre os itens, lideraram os artigos de vestuário (-5,53%). Já os tecidos e os calçados tiveram alta de 0,92% e 1,15%, respectivamente. O comércio automotivo refletiu os efeitos de promoções feitas pelas concessionárias para reduzir os seus estoques.

Houve recuo de 1,29% na média de preços dos veículos novos contra uma alta anterior de 1,26%. Ainda conforme a pesquisa, os bens duráveis (eletro-eletrônicos, móveis e decoração), apresentaram variação positiva de 0,39%, embora os eletroeletrônicos tenham caído 1,51%. Também subiram, no período, os preços dos materiais de construção, em média de 3,64%, justificado pela maior demanda em função das novas linhas de financiamento.