Brasília, 07/08/2003(Agência Brasil-ABr/Lusa) - Palmas intensas e gritos de satisfação acolheram quinta-feira - na sala de um tribunal em Denpasar, Bali - a leitura da sentença de pena de morte aplicada ao militante muçulmano Amrozi bin Nurhasyim, acusado de planejar e participar do atentado que matou 202 pessoas, em outubro do ano passado, em uma danceteria da cidade.

Vítimas e familiares dos mortos e feridos do atentado presentes na sala de audiências, que ouviram a leitura da pena aplicada a Amrozi, ergueram os punhos em sinal de triunfo.

Levado do tribunal pela polícia, Amrozi voltou a gritar que "Deus é grande". Ele comemorou a decisão sorrindo e erguendo os punhos algemados em sinal de desafio.

O primeiro-ministro australiano, John Howard, saudou a condenação do "bombista sorridente", afirmando que o seu governo não vai pedir a Jacarta para atenuar a sentença de pena de morte.

"Espero que esta sentença dê algum sentido de conforto aos que perderam os seus entes queridos nesta tragédia", disse Howard. Entre os mortos, estavam 88 australianos.

Dois irmãos de Amrozi também são acusados de participação no atentado, e assim como outros acusados, estão sendo julgados separadamente.

Apesar de Amrozi ter negado, a polícia da indonésia acredita no envolvimento do grupo terrorista Jemaah Islamiah na explosão em Bali e no atentado com carro-bomba ao hotel Marriot, na última terça-feira, em Jacarta. Há suspeita de que a organização tenha ligações com a Al Quaeda, de Osama bin Laden.

Com informações da rádio BBC.