Rio, 6/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A decisão do governo brasileiro de participar do capital do Corporación Andina de Fomento (CAF) "é firme", garantiu hoje o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDEs), Carlos Lessa. Segundo ele, a idéia é ir integralizando até chegar a US$ 200 milhões, contra os atuais US$ 50 milhões. A duplicação para US$ 100 milhões está sendo avaliada no Congresso Nacional.
Lessa informou também que o presidente da CAF, Enrique Garcia, está conversando isoladamente sobre a possibilidade de o BNDES fazer outro aporte de igual valor, a fim de que, no prazo de um ano, o Brasil totalize participação de US$200 milhões. Isso significará 10% do capital da instituição de fomento multilateral, que é de US$ 2,2 bilhões, percentual próximo ao dos sócios fundadores.
Lessa destacou que as dificuldades dos mecanismos de decisão e implementação impediram até agora que se concretizasse o aumento de participação do Brasil no capital da Corporação Andina de Fomento. Ele lembrou que, ao tomar posse, prometeu que iria destravar a construção naval, mas levou 6 meses para resolver os problemas ligados à construção de 4 petroleiros para a Transpetro, subsidiária da Petrobrás.
Para Enrique Garcia, o aumento da participação brasileira é importante, porque dará à CAF maior capacidade para financiar projetos, especialmente os de integração. Atualmente, a participação do Brasil na carteira da CAF é de 8%, ou cerca de US$ 600 milhões.