Porto Alegre, 6/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - As paralisações dos auditores fiscais da Receita Federal estão pondo em risco as exportações, uma das poucas atividades não submetida à
recessão que atinge a economia brasileira atualmente, alerta o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Renan Proença. "Sem ignorar o direito à reivindicação de todas as categorias profissionais, é preciso levar em conta que o movimento atinge toda a sociedade em geral e a imagem do Brasil no exterior", diz ele.
Proença encaminhou carta ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, pedindo a agilização dos procedimentos nas aduanas, para desafogar o intercâmbio comercial,uma vez que as paralisações, mesmo parciais, acarretam prejuízos ao parque industrial gaúcho, por sua vocação exportadora e pela extensão de suas fronteiras internacionais."O problema atinge tanto o ingresso de insumos importados
necessários às linhas de produção, quanto o embarque de mercadorias para
exportação", registra o presidente da federação.
A Fiergs vem recebendo manifestações diárias dos diversos setores empresariais que representa, ressaltando os prejuízos enfrentados. "Contamos com a sensibilidade das autoridades e dos funcionários da Receita, para que a situação se resolva e o País
não seja ainda mais prejudicado". Proença enfatiza o bom relacionamento da entidade com o
delegado da Receita Federal no Rio Grande do Sul, Jair Cardoso, e com o sindicato dos auditores, mas pondera que ao aprofundar a recessão, o movimento impõe prejuízos a todos os brasileiros, além de comprometer relações de compra e venda com os mercados.
"Adquirir um comprador é muito mais difícil do que perdê-lo".