Eletrobras responde ao Greenpeace: reajuste de tarifa não tem nada a ver com Angra III

06/08/2003 - 17h30

Rio, 06/08/2003 (Agência Brasil – ABr) – A diretoria da Eletrobrás divulgou nota oficial nesta quarta-feira em resposta ao protesto promovido pela ONG Greenpeace contra a construção da Usina Nuclear de Angra III, alertando contra os custos da energia nuclear. Na nota, a Eletrobrás esclarece que o reajuste de tarifas de R$ 63,53 para R$ 78,41, concedida à estatal pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não vai provocar elevação no preço da tarifa ao consumidor final.

"A Eletrobrás, como holding do Grupo, pleiteou a correção do preço da energia produzida pelas usinas geridas pela Eletronuclear porque a tarifa anterior provocava um prejuízo de R$ 1 milhão por dia – R$ 360 milhões por ano – à empresa". A nota afirma que a correção de 23%, reduziu o prejuízo a R$ 60 milhões anuais, que será assumido pela holding. "A correção da tarifa nada tem a ver com Angra 3, cuja construção depende de uma política de governo para todo o setor elétrico brasileiro e caberá à Eletrobrás apenas fazer cumprir esta decisão".

Segundo a Eletrobrás, o reajuste, equivalente a 23%, foi menor do que a variação do IGP-M, que corrige os contratos entre Furnas Centrais Elétricas – comercializadora da energia gerada pelas usinas da Eletronuclear – com as distribuidoras de energia. No entendimento da estatal, como o IGP-M de maio de 2002 (data da correção anterior) até maio de 2003, foi maior do que o reajuste concedido pela Aneel à Eletronuclear, o mesmo já se encontra dentro da variação prevista pelos contratos, não resultando, portanto, em aumento nas contas de energia elétrica do consumidor final.