Rio, 6/8/2003 (Agência Brasil - ABr) – A economia fluminense cresceu apenas 0,8% nos quatro primeiros meses do ano, resultado muito inferior aos 5,1% de aumento observados no ano passado como um todo. Segundo o diretor executivo de Finanças da Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (Cide), Ranulfo Vidigal, os números relativos ao comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) refletem a influência da política financeira contracionista do governo federal. Houve queda de 13% no consumo de diesel, de 10% no volume de passageiros transportados e diminuiu em 4,5% o número de passageiros em circulação nos aeroportos.

Para Vidigal, a trajetória declinante das taxas de juros, aliada a uma política econômica mais agressiva em termos nacionais ajudarão a reverter o quadro de estagnação da economia do Rio, neste semestre, de modo a fechar o ano consolidando a projeção de crescimento 4%. Os técnicos da entidade consideram fator preponderante da desaceleração econômica estadual a extração de petróleo e gás natural, que acumulou aumento de 3,9% de janeiro a abril, contra um crescimento de 17,6% no ano passado. Mesmo excluindo esse segmento do cálculo, persiste a tendência de desaceleração, com taxas de 2,8% em 2002, e de 0,6% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2003. Em termos da indústria de transformação, a expansão foi praticamente a mesma do ano passado, com taxas de 3,2% e 3,1%, respectivamente.