Rio, 6/8/2003 (Agência Brasil - ABr) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Corporación Andina de Fomento vão definir quais dos 22 projetos de integração sul-americana apresentados por 12 países do continente serão financiados em conjunto. O financiamento dos bancos vai de 40% a 70%, sendo esta última a média da CAF. Os projetos de infra-estrutura deverão ter uma parte de recursos próprios, seja dos governos ou das empresas privadas que os desenvolvem.
O presidente da CAF, Enrique Garcia, revelou que o programa de integração sul-americana identificou 169 projetos para execução a médio prazo, que totalizam investimentos de US$ 25 bilhões. Os 22 projetos-objeto do estudo inicial de viabilidade financeira estão orçados entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões. Esse montante não inclui, todavia, os projetos brasileiros do Contorno Ferroviário de São Paulo (Ferroanel) e do Complexo do Rio Madeira, cujos investimentos somam, respectivamente, em torno de US$ 1 bilhão e US$ 5 bilhões, esclareceu o presidente do BNDES, Carlos Lessa.
Garcia destacou que a CAF, ao contrário de outras organizações de fomento, como o Banco Mundial, é a única organização multilateral de financiamento que tem como acionistas majoritários países em desenvolvimento, ou seja, os donos da CAF são os 16 países da América Latina. A única exceção é a Espanha. Segundo ele, o compromisso da CAF com a integração regional, assim como o do BNDES, e a integração sul-americana, não é um fato isolado, mas um tema central de interesse. Garcia frisou que nos 30 anos de existência da CAF nenhum país do continente, mesmo aqueles que se achavam em situação difícil, deixou de pagar os empréstimos.
O presidente da CAF manifestou também que além do crédito em conjunto, existe a alternativa de cada instituição financiar um projeto, ou de ambas buscarem recursos de outros agentes financeiros. "Queremos ser agentes catalíticos de recursos", assegurou.