Libéria: situação humanitária se agrava e líderes africanos enviam tropas

04/08/2003 - 11h39

Brasília, 04/08/2003(Agência Brasil-ABr/ONU) - Líderes da Comunidade Econômica da África Ocidental (CEDEAO), ao encerrar reunião em Acra, capital de Gana, comprometeram-se a enviar um contingente de paz à Libéria.

Cerca de cinco mil soldados, destacados pelos governos da Nigéria, Mali, Benin, Gana e Senegal, começaram a se deslocar nesse final de semana à Monróvia, capital da Libéria, onde terão por mandato o uso de força para conter o movimento rebelde e assegurar a saída de Charles Taylor do poder.

A situação humanitária se agrava no país, a falta de água potável e condições sanitárias básicas favoreceram uma epidemia de cólera, fazendo centenas de vítimas até agora.

O apoio que as Nações Unidas devem dar às operações das tropas de paz africanas enviadas pela CEDEAO deve ficar por volta de US$ 8 a 10 milhões, afirmou o porta-voz do Secretário-Geral da ONU, Fred Eckhard.

Os Estados Unidos, que por razões históricas e estratégicas têm colocado a nação africana como uma de suas prioridades, comprometeu-se a auxiliar na estabilização do país. Cerca de dois mil fuzileiros navais estarão ancorados na costa liberiana.

Embora não tenham como objetivo desembarcar, as forças americanas estarão prontas a intervir caso seja necessário.

O embaixador americano junto às Nações Unidas, John Negroponte, quer discutir o projeto de resolução no Conselho de Segurança, o mais breve possível, para definir o papel das forças de paz da ONU.

As informações são ONU.