Rio,4/8/2003 (Agência Brasil-ABr) - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), apurado pela Fundação Getúlio Vargas para os 30 dias entre 29 de junho a 28 de julho, registrou variação de 0,30%, com aumento de 0,28 ponto percentual sobre o resultado da semana anterior, revelando inflação positiva pela segunda vez consecutiva em julho, ainda por efeito de reajustes tarifários.

Divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no programa Conjuntura Econômica, o índice identifica no grupo Habitação a maior contribuição para a variação de 0,30%, subindo de 1,15% para 1,55%. "Se esse grupo fosse excluído do cálculo do IPC-S de 28 de julho, teríamos uma deflação de 0,26%, explicou o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros.

Seis dos sete grupos componentes do IPC-S tiveram aumento das taxas de variação. A maior evolução foi a do grupo Despesas Diversas (0,48 ponto percentual), que passou de 0,50% para 0,98%. Já o grupo Vestuário recuou 0,24 ponto, acentuando para 0,28% negativos a deflação de 0,04% observada na pesquisa anterior. O grupo Alimentação continuou apresentando taxa de variação negativa (-0,52%). No IPC-S anterior, o grupo apresentou deflação de 0,81%.

O IPC-S de 28 de julho apresentou aceleração em todas as 12 capitais pesquisadas. Nenhuma mostrou deflação, destacou Quadros. O grupo Habitação influenciou a apreciação das taxas de inflação em todas as capitais. A taxa máxima, de 1,16%, foi apurada em Curitiba, ainda sob o efeito de vários reajustes tarifários, e a mínima, de 0,04%, verificou-se em Fortaleza, embora mostrando aceleração de 0,16 ponto percentual em comparação à última divulgação.