Indústria tem 55 milhões de doses de vacina contra aftosa em estoque

02/08/2003 - 10h07

Brasília, 2/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A indústria veterinária tem 55 milhões de doses de vacina contra febre aftosa em seus estoques. Os dados relativos ao mês de julho são da Central de Selagem, órgão de apoio ao Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A informação é confirmada pelo diretor substituto do Departamento de Defesa Animal, Jamil Gomes de Souza.

O consultor Sebastião Costa Guedes, do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), entidade que reúne os laboratórios veterinários que atuam no país, informa que o abastecimento é normal em todo o país e que no primeiro semestre os estoques da vacina superavam 48 milhões de doses, apesar do crescimento das exportações aos países vizinhos, hoje superiores a 8 milhões de doses.

O Brasil, segundo Guedes, conta com o maior parque industrial para fabricação de vacina contra aftosa no mundo, capaz de produzir mais de 500 milhões de doses por ano. Além de suprir com sobras a exigência interna, esse potencial de oferta possibilita ao país assegurar apoio aos países fronteiriços, altamente estratégicos para o sucesso do programa nacional.

"O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem autorizado exportações eventuais, uma vez que a demanda brasileira vem sendo plenamente atendida e existe um elevado nível de estoque. Com isso, é perfeitamente possível que o País colabore para melhorar a deficiente estrutura da Defesa Sanitária Animal dos vizinhos, como Paraguai e Bolívia, que recentemente registraram focos da doença em seus territórios", esclarece Sebastião Guedes.

A primeira fase da campanha oficial de vacinação, realizada no primeiro semestre, totalizou a comercialização de 163.477.460 doses. Esse volume inclui aquisições feitas pelo Rio Grande do Sul no final do ano passado. Percentualmente, os estados com grande evolução em compras foram Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins, além do Acre, Maranhão, Pará e Paraná. O estado de Goiás foi o recordista em doses – parte de suas aquisições é aplicada em estados vizinhos, principalmente Tocantins.