UnB sedia o VII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva

01/08/2003 - 7h55

Brasília, 1/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os participantes do VII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrasco) estão tendo dificuldades em escolher de qual palestra participar, diante da pauta de assuntos a serem discutidos durante o encontro, na Universidade de Brasília (UnB). São, aproximadamente, 6 mil trabalhos científicos, cerca de 5 mil posters e 2 mil palestrantes. Outra dificuldade, principalmente para quem não mora em Brasília, é andar pela UnB. O tamanho do estabelecimento complica a movimentação dos participantes, devido à distância entre os locais das palestras.

O presidente da Abrasco, Fernando Carvalho de Noronha, disse que espera poder atender ao ministro da Saúde, Humberto Costa, que aguarda ansiosamente "por conclusões, críticas e sugestões que possam surgir do evento". Noronha contou que já foi impresso um livro com um resumo dos projetos, o que pode auxiliar o Ministério no combate e prevenção de enfermidades.

Sobre políticas públicas da área de saúde, Noronha informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) atende 75% dos brasileiros. Dos 170 milhões dos brasileiros, apenas 35 milhões, a maior parte deles em idade adulta e em condições melhores de saúde, é que são atendidos pelos seguros de saúde. "Sem o SUS a população brasileira ficaria inteiramente desassistida", lembrou.

O Hospital Regional de Taguatinga (HRT), do Distrito Federal, apresentou uma iniciativa em 1992 que vem dando certo até hoje. É o programa Salvando o Pé Diabético, que dá apoio aos doentes e previne a população para evitar a amputação do pé, o que é comum na vida do paciente que não se cuida.

Segundo a fisioterapeuta do projeto, Érika Batista, "a cada seis amputações, cinco são pacientes com diabete. E essas amputações começam justamente pelos pés. As vezes um machucadinho, uma bolha ou uma ferida em um paciente com diabete tem que ter um cuidado muito maior, principalmente com os pés que é o local que mais descarrega peso", afirmou.

Érika contou ainda que a melhor maneira de prevenir a doença são os hábitos saudáveis como uma boa alimentação e a prática de esportes. Fazer uma visita ao médico a cada seis meses para um exame de glicemia é outra dica.

Hoje (01), uma das atrações do congresso é o secretário de Estado de Direitos Humanos, ministro Nilmário Miranda. Amanhã, sábado, o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, José Luiz Fiori, debate o tema "Poder, Justiça e Liberdade".