Ginástica brasileira é esperança de medalhas em Santo Domingo

01/08/2003 - 8h46

Brasília, 1/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Quatro anos se passaram desde os Jogos Pan-Americanos de Winnipeg. A ginástica artística brasileira evoluiu e conquistou o respeito internacional após a inédita medalha de prata (solo) e ficou em quarto no individual geral no Mundial de Ghent, em 2001, com Daniele Hypólito. Aos 18 anos e uma das melhores ginastas do mundo na atualidade, a Pequena Notável e o seu irmão Diego, de 17 anos, e quarto colocado (solo) ano passado, no Mundial de Debrecen, melhor resultado masculino na história, são os destaques da seleção brasileira que chega ao Pan de Santo Domingo com o objetivo de garantir medalhas.

As provas começam manhã (2), às 8h50 (9h50 no horário de Brasília), no Parque Del Este, e vão até o dia 05. No primeiro dia, acontecem as finais por equipe; no segundo, as provas individuais para homens; no dia seguinte, para mulheres. E, no encerramento, por aparelhos, masculina e feminina.

Na história da participação brasileira em Jogos Pan-Americanos, as meninas aparecem à frente dos meninos. Luiza Parente, em Havana-91, conquistou as duas únicas medalhas de ouro do país, nas barras assimétricas e no salto sobre o cavalo. Ela já havia estado no pódio em Indianápolis-87, com o bronze nas barras assimétricas.

Na competição por equipe, o Brasil obteve o bronze em Caracas-83 e Winnipeg-99. Ainda no Canadá, Daiane dos Santos brilhou ao garantir a prata no salto e o bronze no solo. "Esperamos no mínimo melhorar o resultado de 99 e ficar com a prata, mas vamos brigar também pela de ouro por equipe. Além disso, temos a Daniele, Daiane, Ana Paula Rodrigues e a Caroline Molinari em condições de subir ao pódio nas provas por aparelho", avalia Eliane Martins, chefe da equipe feminina.

Estrela da ginástica internacional, Daniele repetirá em Santo Domingo a coreografia utilizada no Mundial de Debrecen, ao som do grupo Scorpions. A atleta, forte nos exercícios na trave e no solo, prefere não prometer medalhas. "Vou enfrentar grandes adversárias, como as americanas e as canadenses, mas estamos preparadas e esperamos representar bem o nosso país", disse.

Tendo Diego Hypólito como sua principal figura, a equipe masculina não fica atrás e também pensa em medalhas. A meta a ser alcançada é ficar entre as quatro primeiras na competição por equipe e conquistar o bronze nas finais por aparelho. Em Winnipeg, a equipe masculina ficou em sétimo lugar. Até hoje, duas medalhas de bronze por equipe foram obtidas: em San Juan-79 e Indianápolis-87. "Nosso projeto é ficar entre os quatro, já que Estados Unidos, Canadá e Cuba são os favoritos. Mas acredito nas chances de conquistarmos o bronze no individual", disse o técnico Leonardo Finco.

Os Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo têm um peso maior para a ginástica brasileira, já que apenas 12 dias depois será realizado o Mundial de Anaheim, nos Estados Unidos, classificatório para os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. (RE)