Brasília, 31/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - No dia em que a Volks deu inicio ao processo de afastamento de cerca quatro mil funcionários, o ministro do Desenvolvimento, disse que o governo não deve anunciar medidas emergenciais para o setor automotivo, nem mesmo no Fórum de Competitividade do Setor Automotivo, que vai ser instalado, amanhã, em Brasilia. "As soluções conjunturais dão alívio imediato, mas dali adiante os problemas ocorrem de novo", disse.
O ministro citou como uma medida que ao mesmo tempo é conjuntural e estrutural: a renovação de frota de caminhões. "Essa medida é estrutural porque nós precisamos consistentemente ao longo dos próximos anos renovar a antiquoda frota de caminhões e acaba sendo conjuntural porque vai ao encontro de uma capacidade ociosa disponível hoje", explicou Furlan.
Segundo o ministro, as exportações do setor apresentaram um crescimento estimado em 20%, o que atribuiu aos esforços das montadoras e fábricas de componentes. Os componentes automotivos são o principal produto de comercialização entre o Brasil e a África do Sul, país que cediará a próxima missão comercial brasileira.
Missão Comercial
A África do Sul é o destino da próxima missão comercial brasileira que têm o objetivo de ampliar as relações comerciais entre os dois países. Junto com o ministro, 18 empresas integram a comissão, que pretende negociar desde café a produtos odontológicos.
"Esta será uma das maiores delegações comerciais", definiu o embaixador da África Do Sul no Brasil, Mbuelo Rawena. A missão está sendo organizada pela Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil), que preparou um estudo que apontou quais eram os setores com maiores possibilidades de comércio. A Apex está investindo US$ 72,5 mil na visita.
Furlan destacou que esta missão será feita nos moldes da missão realizada em junho deste ano na Rússia. Naquela ocasião, foram fechados negócios da ordem de US$ 15 milhões, com persectiva de mais US$ 230 milhões em novos contratos para 2004.
O ministro disse que, em 64 anos de comércio entre os dois países, será a primeira vez que o volume negociado atingirá a marca de US$ 1 bilhão. Somente nos seis primeiros meses deste ano às exportações brasileiras com destino a África do Sul aumentaram 49,5%. A previsão feita por Furlan é que nos próximos quatro anos seja negociado US$ 4 bilhões.