Embaixadora dos Estados Unidos diz que negociações da Alca passam por momento crítico

01/08/2003 - 7h13

Rio, 1/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak, disse que as discussões para a instalação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) estão passando por um período crítico, porque antecede a reunião ministerial dos 34 países que vai acontecer em novembro.

Ela explicou que, apesar das divergências de posições entre o Brasil e os EUA, é possível chegar a um acordo. "Temos de ver qual progresso vamos fazer em Cancun, na rodada da Organização Mundial do Comércio. Isso também tem influência sobre o que vamos poder fazer no hemisfério", explicou após almoço na Câmara de Comércio Americana, no Rio de Janeiro.

Hrinak acredita na entrada em vigor da ALCA em 2005. "Acho viável. Os dois presidentes se comprometeram com esta data, reafirmando um compromisso feito há nove anos. Não foi nada novo se comprometer com a data de 2005", afirmou.

Para ela a maior dificuldade que existe para a ALCA é conciliar os interesses de 34 países com tantas diferenças. Durante o almoço, ela disse aos empresários, que participavam do encontro, que há muitas áreas de cooperação entre os EUA e o Brasil. A embaixadora citou, como exemplo, o combate à Aids na África, que será desenvolvido com ajuda dos dois governos, começando por Moçambique e Angola.

A embaixadora comentou, ainda, a importância histórica da reunião, que aconteceu no dia 20 de junho passado, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e George W. Bush, dos EUA, em Washington. Donna Hrinak explicou que, em geral, os encontros costumam acontecer em nível de chanceleres e para ela o fato de ter acontecido entre presidentes, "reflete que a relação bilateral é excepcional."

Cristina Indio do Brasil
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