Tendência declinante da inflação provocou redução da Selic

31/07/2003 - 9h31

Brasília, 31/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Banco Central distribuiu, há pouco, a Ata da 86ª reunião do Comitê de Política Monetária(Copom), realizada na semana passada, quando foram analisadas todas as evoluções dos índices de inflação e estimadas as perspectivas da economia brasileira e internacional no contexto da política monetária, e entenderam pela redução de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros, passando de 26% a 24,5% ao ano.

Segundo a nota, a inflação manteve a tendência declinante observada ao longo dos últimos meses. Esse resultado positivo foi atribuído à atuação da política monetária, que impediu a propagação dos choques ocorridos no final de 2002 e à consistência da política fiscal. "Esses fatores, em conjunto com um ambiente internacional mais favorável, levaram à apreciação da taxa de câmbio no período e à convergência das expectativas de inflação para a trajetória das metas", diz a nota.

As projeções de inflação do Banco Central, supondo manutenção da taxa Selic em 26% a.a. e da taxa de câmbio em R$2,85, apontam para uma inflação acumulada nos próximos doze meses abaixo da trajetória das metas para a inflação. Para 2004, a projeção encontra-se abaixo da nova meta de 5,5%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no final de junho.

De acordo com o comunicado do BC, a inflação recuou em junho com variação negativa nos índices de preços no atacado e ao consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, teve redução de 0,15%; acumulando variação de 6,64% no primeiro semestre do ano. Enquanto isso o Índice Geral de Preços - Demanda Interna recuou 0,7%.

As autoridades do Copom afirmaram que a desaceleração da alta entre os produtos com preços livres decorreu, principalmente, da retração de 0,34% no preço dos alimentos, apesar das pressões de elevação nos preços de arroz, leite e seus derivados.