Palavra final do governo sobre a reforma da Previdência só depois da reunião com governadores

31/07/2003 - 17h50

Brasília, 31/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governo só vai dar a palavra final sobre a proposta de reforma da Previdência, que será votada no plenário da Câmara dos Deputados na próxima segunda-feira, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se com os cinco governadores que representam as regiões. O líder do do líder do Governo na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse hoje que o presidente continua achando que a posição do governo é a melhor e está no relatório do deputado José Pimentel.

Em reunião realizada hoje com a base aliada do governo na Câmara, durante almoço na casa do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o presidente ouviu por três horas as ponderações dos líderes sobre alguns pontos que ainda geram polêmica, principalmente o subteto para a magistratura estadual.

O líder do Governo na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse que não há atraso na tramitação da reforma, "pelo contrário, a reforma está sendo aprovada na Câmara do Deputados dentro de um prazo recorde em relação ao que foi aprovado anteriormente". Segundo Aldo Rebelo, o calendário está mantido, sem prejuízo das conversações e negociações que estão sendo realizadas na base dogoverno e com os partidos de oposição.

No encontro, os aliados pediram ao presidente Lula e ao ministro José Dirceu que cedessem às reivindicações dos juízes e modificasse o texto da reforma, que deverá ser votado na próxima semana na Câmara.

Eles querem, conforme negociação realizada com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, elevar o subteto salarial da Justiça dos Estados de 75% para 90,25% -- R$15.496 -- da remuneração de ministros do Supremo.

Segundo o líder do Governo, não existe impasse. "A reforma da Previdência está sendo conduzida por um processo de negociação com os governadores, os servidores públicos, a sociedade, com a base do governo e com a Câmara dos Deputados".