Brasília, 30/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Grandes, pequenos, jovens, veteranos, há espaço para todos no esporte. E a delegação brasileira aos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo atesta essa realidade. Entre os 479 atletas, há grandalhões como Tiago Splitter, pivô da seleção de basquete, com 2,11m, o mais alto brasileiro no Pan. E também há vaga para a pequenina ginasta Daiane dos Santos, que com 1,44m de altura, é a mais baixa da delegação. No entanto, mesmo separados por tantos centímetros, todos os atletas têm um objetivo comum: um lugar no pódio. "Esperamos o melhor possível. Treinamos bastante e acho que temos boas chances na competição por equipes", afirmou Daiane.
A ginástica artística, por sinal, não tem apenas a atleta mais baixa da delegação. Laís Souza, campeã brasileira de salto sobre o cavalo em 2002, chega pela primeira vez aos Jogos Pan-Americanos com apenas 14 anos. É a mais jovem atleta da delegação, 36 anos mais nova do que Angelamaria Lachtermacher, do tiro esportivo, que aos 50 anos é a mais experiente. "Para mim é normal", disse Laís, à vontade nas entrevistas no desembarque em Santo Domingo. "Na competição, sempre dá um friozinho na barriga, mas, se os treinos forem bons, os resultados virão".
Para viajar, Laís teve de pedir autorização aos pais. Ela pratica ginástica desde os 4 anos e está cursando a sétima série do Ensino Fundamental em Curitiba, onde está perto da seleção, mas longe da família, que vive em Ribeirão Preto. Distante dos dois irmãos, Laís aproveita a companhia de Daniele Hypólito, a principal ginasta do País e sua companheira de quarto: aos 18 anos, dá conselhos de veterana. "Ela sempre me fala para eu aproveitar, dar o máximo de mim nas provas. Diz que no Pan não há nenhum bicho-papão e que eu vou ter muitas competições mais pela frente", afirmou Laís.
Além de Daniele, a caçula da delegação agora vai ser companheira de outros recordistas brasileiros em Jogos Pan-Americanos, como Gustavo Borges, que participa da competição pela quarta vez e quer ampliar seu recorde de 15 medalhas conquistadas. E Hugo Hoyama, que ao lado de Gustavo e de Cláudio Kano divide o recorde brasileiro de medalhas de ouro nos Jogos: sete.