Brasília, 29/07/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, disse há pouco que o Brasil deve propor ao FMI critérios que dêem ênfase ao desenvolvimento econômico, caso seja feito um novo acordo com a instituição. "O Brasil está em condições hoje de impor um outro tipo de acordo que seja favorável ao Brasil e tenha a ótica do desenvolvimento".

O sindicalista qualificou o atual acordo como "leonino", por ser fiscalista e impedir o investimento das empresas estatais. Marinho admitiu que seja feito um novo empréstimo por causa do cenário internacional recessivo, mas "precisa ser um acordo que aponte para o desenvolvimento e não essa lógicas fiscalistas o tempo todo".

Marinho esteve no ministério da Fazenda com o secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa, para discutir o projeto da nova Lei de Falência, cujo relatório deverá ser apresentado amanhã na Câmara dos Deputados. Marinho disse quer que o governo corrija distorções presentes no projeto que, para ele, prejudica os trabalhadores.

O presidente da CUT propôs a priorização dos créditos trabalhistas na recuperação das dividas das empresas falidas. "O projeto, do jeito que está, dá prioridade ao sistema financeiro. Seria uma contradição terrível o governo do Partido dos Trabalhadores apoiar o projeto com benefícios ao sistema financeiro", afirmou.