Genro diz que CDES tem que exercer pressão, senão perde finalidade

29/07/2003 - 16h29

Rio, 29/7/2003 (Agência Brasil - ABr) – O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) tem de ser um grupo de pressão, senão perde a finalidade, afirmou hoje, na Fundação Getúlio Vargas, o ministro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, referindo-se à crítica feita por todos os conselheiros em relação à velocidade de redução da taxa de juros. O ministro esclareceu, no entanto, que essa pressão deve ser regulada e negociada com o governo, porque o conselho é uma instância consultiva da Presidência da República.

Genro, que preside o conselho, relatou que todos os conselheiros consideraram positiva a redução dos juros, mas insuficiente. Segundo ele, a abordagem do grupo foi mais política do que técnica sobre o manejo que o governo faz para induzir o crescimento.

O ministro salientou que o conselho tem que ser uma caixa de ressonância da sociedade, acrescentando que, se o conselho não tivesse uma postura crítica, não fizesse sugestões de redirecionamento da ação política e econômica do governo, ele não precisaria existir. Essa ressonância pode ser sentida pela mudança da pauta de reunião do grupo, para debater os fundamentos do contrato social vinculado à retomada do desenvolvimento, disse Tarso Genro.