Brasília, 29/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governo vai lançar, no dia sete de agosto, leilão para contrato de opção de venda de milho. Vão ser oferecidos 7.647 contratos, para a aquisição de 219.753 toneladas, nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso. A data de exercício é 14 de novembro, mas poderá haver antecipação para setembro ou outubro, de acordo com a conveniência do governo nos preços, que variam conforme a região produtora.

Conforme Ivan Wedekin, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, está havendo uma negociação com o Ministério da Fazenda para a liberação de R$ 450 milhões, destinada a aquisição de mais 1,5 milhão de toneladas de milho, em contratos de opção.

O secretário acrescentou que está sendo ampliada a capacidade de armazenagem de milho no País. Novos armazéns estão sendo credenciados e volume de estoque do produto deverá passar das atuais 7 milhões de toneladas, para 8,5 milhões.

Os preços de exercício, em novembro, no Paraná, São Paulo e Minas Gerais vão ser de R$ 16,00, por saca de 60 quilos. No mesmo período, em Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, vão ser pagos R$ 15,50 e, no Mato Grosso, R$ 13,50.

No caso de antecipações, para setembro, os preços caem para R$ 15,40 no Paraná, São Paulo e Minas Gerais; R$ 14,90 no Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal e, R$ 12,90 no Mato Grosso. Antecipação para outubro significa os seguintes preços: R$ 15,70 no Paraná, São Paulo e Minas Gerais; R$ 15,20 no Mato Grosso do Sul,Goiás e Distrito Federal e, R$ 13,20 no Mato Grosso.

Também em sete de agosto, com exercício em 14 de novembro, vão ser colocados a venda 379 contratos de opção para a compra de 10.233 toneladas de sorgo, nos mesmos estados. As antecipações de exercício também poderão acontecer para setembro e outubro, com deságio maior no caso do primeiro mês.

O contrato de Opção de Venda é uma modalidade de seguro, que funciona como proteção ao produtor, contra a queda de preços. Um agricultor ou cooperativa, ao comprar um Contrato de Opção de Venda, paga um preço (também conhecido como prêmio) e passa a ter o direito de vender o produto a um valor pré-estabelecido, chamado preço de exercício, na data de vencimento do contrato.

O preço de exercício, normalmente, é superior ao mínimo do produto. O governo usa este mecanismo quando os preços pagos aos produtores estão abaixo dos mínimos praticados pelo mercado. A Conab vende os Contratos em leilões públicos, nas Bolsas de Mercadorias.