Advogada denuncia que planos de saúde continuam excluindo portadores de doenças infecto-contagiosas

29/07/2003 - 19h36

Brasília, 29/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os planos de saúde estão discriminando pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas e crônicas de notificação compulsória. Essa foi à conclusão da segunda audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades nas prestadoras de serviços de saúde.

A advogada do Grupo de Apoio e Prevenção à AIDS (GAPA), Áurea Celeste da Silva Abbade, denunciou que os convênios se negam a atender os portadores dessas doenças. "A exclusão dos portadores do HIV é inconcebível dentro dos contratos de saúde, utilizando-se como desculpa o vírus da aids como epidemia", afirmou.

Em seu depoimento a presidente da Federação das Associações de Pacientes Renais Crônicos e Transplantados, Neide Regina Barriguelli, reclamou que os planos de saúde se especializaram em atender jovens sadios, excluindo os idosos portadores de patologias de difíceis atendimentos. "Quando realmente se tem uma doença crônica, o convênio não cobre. E 95% das causas judiciais são ganhas pelos pacientes", revelou.