Brasília, 28/07/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Receita Federal intensificou a fiscalização e constatou, no primeiro semestre deste ano, que mais de 27,4 mil contribuintes - pessoas físicas e jurídicas - apresentaram irregularidades fiscais. Segundo a Coordenação Geral de Fiscalização da Receita, mais de R$ 15,5 bilhões - incluindo impostos a pagar e multas - deveriam ter entrado nos cofres públicos, mas não entraram devido à sonegação fiscal. Entre os maiores devedores, estão as empresas que prestam serviços financeiros, o comércio varejista, as indústrias têxtel, metal-mecânica, de bebidas e cigarros, os donos de empresas, profissionais autônomos e funcionários públicos.
Para o secretário-adjunto da Receita, Leonardo Andrade Couto, o resultado mostra que está sendo possível autuar mais, mesmo sem alterar o contingente de auditores nas rotinas de fiscalização. "Estamos aumentando a produtividade", disse. Segundo Couto, no mesmo período do ano passado, mais de 21,5 mil contribuintes foram autuados, com débitos da ordem de R$ 881,1 milhões em impostos e multas.
Na fiscalização referente ao primeiro semestre de 2003, os paulistas lideram a lista dos maiores devedores, seguidos pelos cariocas e capixabas. Do total fiscalizado, cerca de 22% são de São Paulo, enquanto 7,8% são do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. De acordo com o coordenador-geral de Fiscalização da Receita, Paulo Ricardo de Souza, um dos motivos da eficiência da fiscalização tem sido a implementação de novos programas de dados e novas sistemáticas de cruzamento de informações. "Melhoramos a fiscalização. Com isso, o novo cruzamento permite que os auditores fiscais trabalhem com mais agilidade", disse.