Brasília, 28/07/2003 (Agência Brasil - ABr) - O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jorge Marquez-Ruarte, disse há pouco que o organismo internacional vai continuar apoiando o Brasil "de forma firme e de forma forte, haja acordo ou não haja acordo".
A missão está no Brasil para a penúltima reunião do empréstimo de US$ 30 bilhões, assinado no ano passado e que termina em dezembro. Se as contas brasileiras forem aprovadas, o país poderá sacar cerca de US$ 4,2 bilhões. Em relação a um novo acordo, caberá ao governo brasileiro pedir ou não um novo empréstimo.
Ruarte disse que a queda de 63,5% no Investimento Estrangeiro Direto no primeiro semestre em comparação com o mesmo periodo do ano passado não compromete as contas brasileiras. "O investimento direto vai voltar ao Brasil, porque o governo está tomando políticas muito apropriadas para consolidar a situação financeira e para promover o crescimento socialmente eqüitativo e esperamos que o resto do mundo compreenda isso e que voltem os investimentos", comentou.
Sobre o crescimento econômico para 2003, cuja projeção atual entre 1,5% e 2% é inferior aos 2,8% previstos no acordo com o Fundo, o chefe da missão disse que deverá crescer futuramente, mas não fez projeções.
Ruarte está reunido neste momento com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para tratar dos parâmetros estruturais do acordo. Reformas previdenciária e tributária e política econômica são temas da reunião.