Trabalho sobre a Mata Atlântica dá prêmio à bolsista do CNPq

25/07/2003 - 14h46

Brasília, 25/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O estudante Emílio de Castro Miguel, do sétimo período do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), conquistou o primeiro lugar no concurso Prêmio Verde no 54º Congresso Nacional de Botânica, realizado este mês, em Belém (PA), com um trabalho científico sobre a Mata Atlântica. O prêmio, no valor de R$ 1 mil, é concedido pela Sociedade Botânica do Brasil (SBB).

Segundo a professora Maura da Cunha, do Laboratório de Biologia Celular e Tecidual (LBCT) da Uenf, a Floresta Atlântica - uma das formações vegetais mais ameaçadas do mundo - ainda é pouco conhecida sob o ponto de vista botânico, especialmente em relação à composição florística e aos processos ecológicos que envolvem suas comunidades e populações. De sua área original, com cerca de 1,2 milhões de Km², apenas 1% a 6% sobrevivem, sendo que só 1% a 2% têm chance de preservação.

Maura explica que, hoje, a Mata Atlântica compreende remanescentes de cobertura florestal bastante diversificados na sua fisionomia e florística. O Programa Mata Atlântica, do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por meio do projeto "Inventários florísticos em remanescentes de Mata Atlântica nas unidades de conservação do Ibama no Rio de Janeiro", vem contribuindo para o estudo da abordagem geográfica, fito-fisionômica, diversidade florística e taxonômica de diversas unidades de conservação no
estado.

O trabalho premiado tem como título "Anatomia e ultraestrutura dos coléteres de três espécies de Bathysa C. Presl (Rubiaceae) da Reserva Biológica de Tinguá, Rio de Janeiro". A reserva fica perto da região da Baixada Fluminense. O estudante participa na Uenf do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).