Déficit da Previdência aumenta 16,6% no primeiro semestre

25/07/2003 - 15h13

Brasília, 25 (Agência Brasil - ABr) - As contas da Previdência Social registraram déficit de R$ 9,6 bilhões, no primeiro semestre deste ano, como resultado de uma arrecadação de R$ 36,1 bilhões e despesas de R$ 45,6 bilhões. O déficit foi maior em 16,6% que o do mesmo período de 2002, quando ficou em R$ 8,2 bilhões. Ao divulgar os números hoje, o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, estimou em R$ 26,158 bilhões o déficit do setor até o fim do ano.

O secretário culpou a queda da atividade econômica pelo desempenho da arrecadação da previdência no semestre, que foi reduzida em 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo ele, nem mesmo o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada foi suficiente para compensar a queda real dos salários ocorrida de janeiro a junho.

Schwarzer acredita que a trajetória de redução das taxas de juros e outras políticas, como a do microcrédito, possam reativar o crescimento do País, ao longo do segundo semestre e no início de 2004, e assim equilibrar as contas da previdência. Para que isso ocorra, ele considera ser necessária uma taxa do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2% e 3% ao ano.

De acordo com relatório do Ministério da Previdência Social, o total de concessão de auxílio-doença chegou a 876 mil 017 no primeiro semestre, contra 662 mil 132, em igual período de 2002. O secretário atribui a elevação de 32,3% à mudança na perícia médica para concessão desse benefício, que conta agora com médicos credenciados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aumentando assim o atendimento aos trabalhadores.