Brasília, 23/07/2003 (Agência Brasil - ABr) - Apesar do comércio pouco expressivo com Angola - apenas 5% de todos os produtos consumidos pelos angolanos são brasileiros - o Brasil deve faturar, nos próximos meses, cerca de US$ 7 milhões com o aumento das vendas àquele país de material de acabamento, transformadores, louças sanitárias, rádios, confecções, bijuterias, sapatos, produtos de higiene pessoal, eletrodomésticos, móveis, brinquedos e alimentos. O motivo do incremento é a participação crescente de empresas nacionais em missões e eventos de promoção comercial, como a Feira Internacional de Luanda, em Angola (Filda) - uma das mais importantes da África.

Neste ano, mais de 60 empresas brasileiras, assessoradas pela a Agência de Promoção de Exportações (Apex), fecharam negócios na Filda de aproximadamente US$ 1,7 milhão. Nos próximos meses, mais US$ 5,3 milhões - resultado de negociações com compradores angolanos - devem começar a ingressar no Brasil. Para um dos diretores da Apex, Hélio Mauro França, o grande interesse dos angolanos pelo Brasil (ambos foram colônia de Portugal) deve aumentar ainda mais, já que existe expectativa de crescimento de setores com grande demanda - como o da construção civil - para estimular o fechamento de novos negócios. No ano passado, as empresas brasileiras que participaram da mesma feira movimentaram apenas US$ 250 mil no evento e US$ 4,9 milhões durante todo o ano.