João Paulo diz que se houver novas agressões de grevistas chamará PM novamente

23/07/2003 - 16h35

Brasília, 23/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Em entrevista coletiva que acaba de conceder, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que a presença de policiais militares nas dependências internas da Casa foi solicitada por ele na manhã de hoje para permitir a normalidade dos trabalhos, diante das ações agressivas de manifestantes contrários à reforma da Previdência.

O presidente afirmou que se houver algum risco à Casa e a integridade dos parlamentares pedirá novamente reforço da polícia, em auxílio ao policiamento do Poder Legislativo. João Paulo disse que descidiu pedir reforço da PM em razão das manifestações de ontem, quando grevistas ameaçaram interromper à força uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ofenderam parlamentares e atrapalharam os trabalhos da Casa.

Entre as medidas adotadas para impedir outras badernas, João Paulo informou ainda que proibiu o acesso dos manifestantes ao salão verde, palco das agressões de ontem. Permitiu, todavia, que eles assistissem aos debates sobre a reforma em telão no auditório Nereu Ramos. Autorizou também que alguns representantes das entidades representantivas do funcionalismo tivessem acesso á Comissão Epecial, onde está sendo votada a Reforma Previdenciária.

Ele garantiu que nenhum policial armado teve acesso às dependências da Câmara, mas admitiu que a tropa do Bope atravessou o corredor das comissões. "Foi apenas como forma de atalho para outra portaria da Casa", explicou o presidente da Câmara, deixando claro que em nenhum momento deu permissão para que eles agissem nas dependências internas.

Em relação ao sindicalista preso por policiais, João Paulo explicou que, ao tomar conhecimento do episódio, determinou que o servidor fosse levado ao seu gabinete. Determinou também que ele fosse encaminhado para exame de corpo délito, a fim de que se comprovasse a agressão. João Paulo informou ainda que pediu ajuda um grupo de parlamentares a fim de controlar a tensão que comou conta dos servidores pela manhã.

João Paulo garantiu ainda que nenhum ato de violência, se justifica e que não irá admitir agressões. Prometeu que irá apuar todos os episódios ocorridos na Câmara e punir qualquer excesso verificado. Ele ressaltou ainda, que tem pautado seu trabalho na presidencia da Câmara pelo diálogo e a disposição de ouvir a todos