Dívida pública federal em títulos sobe 1,3%, mas parcela atrelada ao dólar cai

23/07/2003 - 13h35

Brasília, 23/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A DPMFi (dívida pública interna em títulos federais) em poder do público subiu, em junho, para R$669,4 bilhões, o que representa um aumento de R$8,66 bilhões ou 1,31% em relação a maio. A apropriação de juros e a emissão de títulos no valor de R$1,6 bilhão foram os principais motivos do aumento da DPMFi.

A dívida mobiliária atrelada à variação cambial manteve a trajetória de queda e sem considerar as operações de swap, diminuiu R$5,1 bilhões. A participação dos títulos com correção em moeda estrangeira passou de 14,4% para 13,5%. As operações de swap são realizadas entre o BC e o mercado e rendem a diferença entre a variação cambial e uma taxa juros acertada entre as partes.

Se incluídas essas operações, a parcela da dívida com exposição cambial registrou queda de 30,7% para 29,1%.

A queda da exposição cambial, segundo o Chefe de Operação do Mercado Aberto do Banco Central, Sérgio Goldstein, foi porque os investidores reduziram a procura de operações de "hedge" (proteção contra a alta do dólar) com a valorização do real.

Goldstein afirmou também que a menor instabilidade do câmbio, a queda do risco país, a percepção dos agentes financeiros de melhora na economia contribuíram para a mudança de posição dos operadores do mercado financeiro.

Em junho, o Tesouro Nacional vendeu R$25,3 bilhões de LFT (títulos pós-fixados), sendo R$10,3 bilhões com prazo de 24 meses, R$13,1 bilhões com prazo de 36 meses e R$1,9 bilhão com prazo de 48 meses.

Além disso, foram vendidos R$7,9 bilhões de LTN (préfixado), sendo R$1,8 bilhão com prazo de 6 meses, R$ 4,6 bilhões com prazo de 12 meses e R$1,5 bilhões com prazo de 18 meses, e R$ 121 milhões de NTN-C (notas do Tesouro Nacional série C, corrigidos pela inflação medida pelo IGP-M) com vencimento em 2017 e 2021.

As instituições nacionais foram as maiores compradoras de títulos públicos, com participação de 77,8% do total vendido. O prazo médio de emissões em ofertas públicas atingiu 25,8 meses, antes 22,6 em maio.