Rio, 23/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O desemprego atingiu 13% da população brasileira no mês de junho, deixando mais 270 mil desocupados. Conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa subiu pelo sexto mês consecutivo, chegando em junho ao maior patamar desde outubro de 2001, quando a taxa de desemprego passou a ser calculada por uma nova metodologia, mais adequada aos padrões internacionais. Em junho do ano passado, a taxa de desemprego no país foi de 11,6% e em maio deste ano de 12,8%, mantendo-se, praticamente estável. Os resultados da nova pesquisa começaram a ser divulgados em dezembro do ano passado. A taxa média de desemprego no primeiro semestre ficou em 12,2%.
A pesquisa mensal de emprego do IBGE é realizada nas seis maiores regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife) e mostra que o número de pessoas desempregadas subiu para 2,735 milhões, comparado a 2,701 milhões em maio e 2,286 milhões em junho de 2002. Salvador teve o desemprego mais alto, com uma taxa de 17,9%. São Paulo teve desemprego de 14,5% em junho, contra 14,6% em maio.
Ainda segundo o estudo, a população economicamente ativa somou 21,082 milhões em junho, ligeiramente acima do total de maio, que foi de 21,028 milhões. Em junho de 2002, a população economicamente ativa no país era de 19,766 milhões. O número de pessoas não economicamente ativa, ou seja, que está fora do mercado de trabalho, caiu 0,7% na comparação com maio de 2003 e de 4,1% na comparação com junho do ano passado.
O IBGE informou, também, que em junho deste ano o trabalhador teve um rendimento médio real de R$ 847,90, o que revela uma queda de 13,4% em relação a junho do ano passado, quando o rendimento recebido foi de R$ 979,60. Os mais afetados pela queda na renda foram os trabalhadores por conta própria, cujos rendimentos reduziram 19,7% no mês passado. Já os trabalhadores com carteira assinada do setor privado tiveram sua renda diminuída em 9,4%, enquanto os trabalhadores sem carteira assinada do setor privado sofreram uma redução de 8,6% nos rendimentos no mesmo período. No primeiro semestre do ano, a média salarial do trabalhador brasileiro foi de R$ 863,30.