Brasília, 22/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Boletim informativo da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) - Perspectivas para o Comércio Exterior -, divulgado hoje, projeta um superávit de US$ 20 bilhões para este ano. Essa previsão é mais ambiciosa do que a do mercado, que está em torno de US$ 17 bilhões. A publicação destaca, ainda, o superávit comercial do primeiro semestre (US$ 10,4 bilhões) que, segundo a CNI, é histórico para o período.
Ressalta, ainda, que está havendo uma melhora no ingresso de recursos externos, graças à crescente confiança dos investidores estrangeiros no País. A moeda brasileira valorizou-se 13,8% desde o começo do ano em relação às moedas dos demais países latino-americanos, 21,6% sobre o dólar e 22,4% comparativamente ao iene.
Já sobre as negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o documento técnico destaca que os países caminham para uma fase de decisões difíceis. Neste ano, por exemplo, os Estados Unidos e o Brasil marcaram um efetivo processo de negociações de acesso a mercados em bens, serviços, investimentos e compras governamentais, com um movimento estratégico, no objetivo de influenciar no ritmo e até mesmo no resultado das negociações. De acordo com dados da CNI, esse intercâmbio na tentativa de novos negócios continuará ocorrendo pelo menos até a Ministerial de Miami, em novembro.
O documento da CNI revelou, ainda, que foi criada a primeira proposta de modalidade para negociações sobre mercados para produtos de bens não agrícolas na Organização Mundial do Comércio (OMC), por intermédio da Carta de Genebra. Nela, está prevista a liberalização acentuada das tarifas de eletroeletrônicos, peixes e derivados, calçados, artigos de couro, componentes e peças de veículos, pedras e metais preciosos, têxteis e vestuários.
O Boletim lembra, ainda, que lentamente o comércio com a Argentina vem sendo retomado, principalmento no que diz respeito aos artigos manufaturados.