Cai otimismo dos empresários, diz CNI

22/07/2003 - 14h14

Brasília, 22/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Dados da Confederação Nacional da Indústria, divulgados hoje, revelam que os industriais estão desanimados com a perspectiva da economia em relação ao primeiro trimestre deste ano. Alguns números apontam o porquê. A utilização da capacidade instalada está em 68%. Esse patamar é o menor desde 1999. Os estoques de produtos finais, na avaliação dos empresários, também estão acima do patamar esperado, 50%. No entanto, registra-se 54,2%, um recorde.

A expectativa dos empresários em relação à economia nos próximos seis meses. Do total das empresas 56,% acreditam que a economia vai melhorar, contra 60,2% em abril. Os empresários estão menos otimistas com a própria atividade: a projeção de êxito passou de 41,3% para 32,9%.

Apesar das exportações serem o principal fator da demanda, nem ela passou ilesa. Em abril, 56,3% das empresas esperavam que as vendas externas cresceriam. Já na última pesquisa da CNI, 54,1% continuam com o mesmo prognóstico.

A Sondagem Industrial do segundo trimestre de 2003 divulgada hoje pela Confederação Nacional das Indústrias(CNI), revelou números negativos quando comparados com o primeiro trimestre do ano. A utilização da capacidade instalada, por exemplo,

A esperada recuperação do nível de atividade industrial não ocorreu. A produção e as vendas industriais voltaram a cair. Indicadores como o de evolução da produção e do faturamento se situaram abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando diminuição. Mas, na comparação com o primeiro trimestre do ano o movimento de redução das vendas e da produção não caiu mantendo-se na mesma intensidade.

Outros grandes problemas enfrentados atualmente pelo setor industrial tem sido a elevada carga tributária, as taxas de juros e a falta de demanda. Como resultado destas frustrações as empresas industriais registraram novo recorde no acúmulo de estoques de produtos finais.O indicador de evolução de produtos finais registrou 54,2 pontos acima do nível planejado pelos empresários. Isso justifica a falta de otimismo dos empresários industriais. Mas ainda assim, espera-se, de um modo geral, uma melhoria da situação dos negócios para os próximos seis meses.