Brasília, 18/7/2003 (Agência Brasil -ABr) - As mudanças na proposta de reforma da Previdência vão gerar uma economia de R$ 50 bilhões nos próximos 20 anos. O governo fez um bom negócio ao aceitar mudanças na proposta original da reforma, disse hoje o secretário de Previdência Social do Ministério da Previdência, Helmut Schwarzer, em entrevista ao programa "Bom dia Brasil", da TV Globo.

No que se refere à União, Schwarzer comentou que as mudanças causam uma redução no impacto fiscal de cerca de 3% em relação à proposta original. Para ele, é muito pouco se for considerada a vantagem sob o ponto de vista de facilitar a tramitação da reforma na Câmara dos Deputados.

Segundo o secretário, "em todos os estados, assim como na União, existe um desequilíbrio previdenciário muito grande" e os desembolsos futuros, nos próximos 20 ou 30 anos, tendem a crescer mais do que a capacidade de arrecadação. "O que nós estamos conseguindo é estabilizar, reverter a tendência de crescimento ao longo desses 20 anos", disse.

De acordo com Schwarzer, mesmo tendo uma economia de R$ 50 bilhões ao longo dos próximos 20 anos, o rombo continua existindo. Ele explicou que com o novo texto da reforma, nos próximos 15 anos haverá uma redução de gastos de acordo com a proposta original do governo. Acrescentou, no entanto, que a tendência, nos próximos cinco anos, é de se ter um gasto maior "em função das aposentadorias integrais, que terão ganhos superiores às que seriam calculadas pela média". O secretário acredita "que, mesmo assim, a tendência é de queda e abaixo da trajetória que teríamos sem nenhuma reforma".