Porto Alegre,16/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os 1,7 mil auditores fiscais do Rio Grande do Sul evitaram a evasão de R$ 30 milhões no estado, neste ano, segundo informou o superintendente Regional da Receita Federal, Luiz Jair Cardoso, durante o I Seminário Brasileiro "O Papel do Município no Combate à Ilegalidade", que se realiza no Salão de Convenções da Federação das indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Cardoso revelou que, no ano passado, foram aprendidas 112.923 peças ou componentes de informática, no valor de R$ 5.207.810. Os fiscais também impediram que entrassem irregularmente no país 2.535.132 maços de cigarros, avaliados em R$ 2.470.998. As equipes da 10ª Delegacia da Receita Federal tiraram de circulação 545.977 CDs no valor de R$ 1.236.989. Foram apreendidos 35 veículos, avaliados em R$ 682.609. "Nossa filosofia tem sido retirar de circulação os produtos ilícitos e doá-los aos municípios, para que cheguem às comunidades carentes. Evitamos os leilões, pois isso representaria uma concorrência desleal ao comércio formal", explicou Cardoso.

Neste ano, já foram apreendidas 45 toneladas de tecido, em rolos industriais, que eram transportados em cinco carretas. O material foi repassado ao governo estadual, para que fosse entregue à Campanha do Agasalho. Segundo Cardoso, nem sempre as ações da Receita Federal têm apoio no estado. Neste ano, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou um voto de repúdio a ação do delegado da Receita na Região, que fez uma blitz no camelódromo da cidade.
"Concordar com a ilegalidade, atribuindo que isso gera emprego e renda é concordar com os cassinos, casas de tolerância ou o tráfico, que também geram receita e renda", lamentou Cardoso.