Brasília, 9/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Ministro da Defesa, José Viegas Filho, disse hoje que o Governo Federal atua de forma a tornar o setor de aviação civil, considerado estratégico para o país, estável e sustentável. Viegas afirmou que, de acordo com esse conceito, a proposta de fusão da Varig e da TAM é a única até aqui apresentada, no campo real, capaz de evitar um colapso.
- A intenção do Governo é manter a Varig viva, voando.
Segundo a assessoria do Ministério, a declaração foi feita ontem, mais uma vez, aos parlamentares da bancada gaúcha recebidos por Viegas para tratar da fusão. No encontro, o Ministro destacou a preocupação do Governo em minimizar o desemprego. Ele explicou que, se a solução propiciada pela fusão não ocorrer, o número de desempregados será claramente maior do que o previsto atualmente – entre quatro e cinco mil pessoas.
- Em cinco meses de negociações por parte das empresas, o Governo não recebeu outras iniciativas factíveis, além da fusão – disse Viegas aos deputados e senadores gaúchos.
O Ministro alertou que os projetos alternativos que conhece "não têm suporte financeiro", mas que se surgir, a curto prazo, algum plano viável, com um investidor crível, será bem recebido.
- O Governo não é todo-poderoso e não tem como investir a fundo perdido – observou.
Viegas alertou que o BNDES só contemplará os recursos possíveis depois de aprovada a engenharia empresarial que viabilize a operação da empresa.
Aos parlamentares que acusaram o Governo de favorecimento aos paulistas em detrimento dos gaúchos, Viegas respondeu:
- Não há bairrismos nesta questão. O que nos orienta é o senso de realidade e a busca do bem comum.