Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Capacitar com qualidade no período de um ano seis mil jovens de 16 a 24 anos para trabalhar na construção civil. Este é o principal objetivo do Programa Nacional de Capacitação Profissional, lançado hoje no Ministério das Cidades, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Senai.
Os alunos aprenderão técnicas adequadas para o trabalho em obras de alvenaria e pavimentação e, ao se formar, poderão preencher vagas de servente e pedreiro nas construtoras de todo o país. Por enquanto somente as diretorias regionais do Senai no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo participam do programa. Mas a expectativa é de que em 60 dias todos os estados já estejam integrados ao programa.
Segundo o presidente da ABCP, Renato Giusti, o convênio acontece numa ocasião importante e vai auxiliar na produtividade do setor, hoje um dos que mais emprega no país. "O setor da construção civil é responsável por 16% do PIB e pode ajudar ainda mais no desenvolvimento da economia. Para cada 100 empregos diretos, mais de 280 são criados de forma indireta", informou Giusti.
O ministro das Cidades, Olívio Dutra, lembrou que o propósito do governo é oferecer condições dignas para a moradia e o trabalho da população brasileira. Segundo ele, já foram liberados R$ 5,3 bilhões para o financiamento de projetos habitacionais, e que o público-alvo do Programa Nacional de Capacitação Profissional será totalmente absorvido pelo mercado da construção civil. "Nós queremos não só gerar mais empregos, mas melhores empregos, qualificando a mão-de-obra e gerando, assim, mais auto-estima para as pessoas que vão poder ter uma moradia digna", disse o ministro.
Durante a solenidade de assinatura do convênio, o ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, ressaltou a importância da parceria entre os ministérios e a sociedade civil e destacou a possibilidade da criação de uma linha de crédito específica para a construção civil com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "Temos restrição de endividamento, mas não temos restrição para financiamento, e é possível abrir linhas de crédito que possam exigir na contrapartida à geração de empregos", explicou o ministro.
Marina Domingos