Greve dos servidores faz parte do jogo democrático, afirma João Paulo

08/07/2003 - 13h29

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), afirmou hoje que a greve dos servidores públicos federais, em protesto contra a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso Nacional, faz parte da democracia e do jogo democrático. Ele acredita que as insatisfações com o texto encaminhado ao Congresso devem diminuir depois que a Câmara fizer "mudanças substanciais" na proposta original. Para isso, lembrou João Paulo, a Câmara vem promovendo reuniões com membros de entidades de servidores, do Judiciário e governadores, entre outros. "Mas as pessoas ainda não estão percebendo esse movimento", observou.

Já o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que a reforma é "absolutamente indispensável", porque visa à justiça entre o sistemas previdenciários público e privado e à inclusão social. Segundo ele, há 40 milhões de brasileiros fora do sistema de Previdência Social e 16 milhões de aposentados do setor privado ganham apenas um salário mínimo (R$ 240). "Muitos municípios não têm como pagar servidores aposentados, e vários estados estão numa situação de imensa precariedade, porque gastam mais hoje com inativos do que com os ativos", completou Mercadante.