Base aliada estuda concessões na reforma para acalmar grevistas

08/07/2003 - 18h49

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Apesar de manter o discurso de que os pontos fundamentais da reforma da Previdência são inegociáveis, a base aliada se articula para incluir no texto do Executivo algumas mudanças que suavizem o clima de guerra entre o governo e os servidores públicos. A proposta feita por setores do Poder Judiciário de aumentar a idade mínima da aposentaria para 60 anos (mulheres) e 65 (homens) e, com isso, manter a integralidade dos salários ganha força entre partidos que dão sustentação ao governo na Câmara. A integralidade, no entanto, seria restrita aos servidores que hoje estão na ativa ou que têm condições de se aposentar. Para serem beneficiados pela mudança, os servidores ainda teriam que comprovar 35 anos de contribuição e 20 anos de carreira no setor público. "Tem rumor disso e eu considero muito positiva qualquer proposta que venha a melhorar este clima de tensão porque ninguém está feliz com isso", disse o líder do PTB na Câmara, deputado Roberto Jefferson (RJ). A maioria dos líderes, no entanto, prefere ser mais cautelosa. O líder do PSB, deputado Eduardo Campos (PE), é um deles. O pernambucano reconheceu que a proposta vem sendo discutida e que conta com a "simpatia" de outros deputados, mas não revelou nomes.