Brasília, 4/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O trabalhador paulista teve de desembolsar R$ 169,22 para comprar os 13 alimentos da cesta básica mais cara do país no mês de junho, de acordo com a pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), divulgada hoje. Belém foi a capital onde houve a maior redução nos preços: 10,18%. Os alimentos da cesta básica custaram R$ 142,37 ao trabalhador paraense.
Na capital paulista, são necessárias 155 horas e sete minutos para que um trabalhador de baixa renda (com salário de até R$ 600) possa comprar carne, leite, feijão, arroz, farinha de trigo, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga para um mês. O Dieese também apurou que seriam necessários R$ 1.421,62 para que uma família padrão, composta por dois adultos e duas crianças, pudesse viver dignamente no país. O valor corresponde a aproximadamente 5,9 vezes o salário mínimo, de R$ 240,00.
Segundo o levantamento do Dieese, nas 16 capitais pesquisas houve queda nos preços dos 13 alimentos da cesta básica, em junho. Isso ocorreu porque também caiu a cotação do dólar e aumentou significativamente a produção agrícola brasileira.
No mês passado, o tomate foi o produto que ficou mais barato, com queda de 23,81%. Depois foi a batata, com redução de 9,55%. Em função das chuvas do início do ano, que prejudicaram as lavouras do tomate, no ano, o produto apresenta variação positiva de 34,74%, e em meses, de 10,34%.
Em função da alta do dólar no início do ano, o arroz foi o produto com maior aumento no período: 9,38%. De acordo com a supervisora técnica do Dieese, Lília Marques, os preços do arroz devem se normalizar nos próximos meses, com a redução da cotação do dólar.