Brasília, 3/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O desconto de um empréstimo no contracheque deverá ser infinitamente menor do que é geralmente cobrado pelos bancos. Foi o que defendeu há pouco o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, ao chegar para o encontro que discute um mecanismo que permita o crédito mais barato para os assalariados.
"Hoje, os bancos cobram de 9% a 10% no cheque especial, mas com o desconto em folha não tem nenhum argumento do risco de inadimplência e por isso dá para reduzir para menos de 3%", argumentou Marinho.
O presidente da CUT declarou, ainda, que não vê nenhum problema se o empréstimo comprometer 30% do salário do trabalhador. A posição é contrária à defendida, antes, pelo secretário-geral da CGT (Central Geral dos Trabalhadores), Canindé Pegado, que considerou alta a margem consignável de salários, de 30% e arriscada para o empregado.
Marinho não tem uma projeção do volume de recursos liberados com a medida, mas adiantou que vários setores estão dispostos a assinar um protocolo nesse sentido.
A reunião está sendo realizada, neste momento, em Brasília, entre o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, representantes da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), das centrais sindicais e do empresariado. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também está presente.
(Daniel Lima)