Brasília, 1/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A segunda pesquisa da CNI/Ibope deste ano constatou uma queda na aprovação do governo, mas revelou que, ainda assim, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua elevada. O índice dos que consideram o governo bom/ótimo caiu de 51 para 43%, enquanto o dos que consideram o governo ruim/péssimo somou 11%, contra 7% na pesquisa anterior, realizada em março. A pesquisa nacional foi feita entre os dias 19 e 23 de junho e envolveu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 145 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O Programa de combate à fome e a pobreza foi citado por 50% dos entrevistados pela pesquisa, como destaque das ações desenvolvidas até agora pelo governo Lula. O combate ao desemprego foi considerado o pior programa por 30%. O clima geral da população, captado na pesquisa, é de otimismo, com sinais de confiança em um desempenho favorável nos indicadores econômicos, relacionados basicamente à inflação, ao desemprego e à renda.
A mesma pesquisa revelou que, apesar do declínio na imagem do governo, Lula obteve neste primeiro semestre, avaliação melhor do que a dos últimos quatro presidentes, ficando ligeiramente acima da do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A diferença entre os que confiam no presidente, 76%, e os 19% que não confiam, é de 57 pontos. Em março, o saldo era de 64 pontos (80% confiavam e 16% não confiavam). Os últimos presidentes obtiveram os seguintes índices no mesmo tipo de pesquisa da CNI/Ibope, no primeiro semestre de governo, com relação ao ítem Ótimo/bom: José Sarney, (36%); Fernando Collor, 35%; Itamar Franco, 21%; Fernando Henrique (primeiro mandato), 40%; Fernando Henrique (segundo mandato), 16% e Luiz Inácio Lula da Silva 43%.
A economia aparece na pesquisa CNI/Ipobe com relevante nível de otimismo. O índice de pessoas que acreditam que a inflação vai aumentar caiu de 61% para 36% de março para junho. Os que acreditam que a inflação vai diminuir subiu de 14% para 32%. A leitura dos brasileiros, segundo a pesquisa, revela que 62% dos entrevistados acham que o ano será bom, índice perto do de março, que somou 64%. Já para 34% das pessoas consultadas, 2003 está sendo ruim ou muito ruim. O índice era de 33% em março.
VM