Brasília, 30/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Se as taxas de câmbio se mantiverem nos atuais patamares - de aproxidamante R$ 2,88 - as exportações de produtores brasileiros podem diminuir e as compras de importados aumentar. A avaliação foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Ele afirmou que as exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano já cresceram mais de 30%, anulando as perspectivas de um crescimento elevado nas vendas externas no segundo semestre.
"A nossa meta é ter uma 'performance' no segundo semestre no mínimo igual à do ano passado, quando o saldo somou US$ 5,9 bilhões", disse o ministro, estimando um resultado de US$ 6 bilhões de saldo positivo no segundo semestre. "Se fosse uma partida de futebol, a gente estaria jogando o segundo tempo para manter o resultado. Aquilo que for feito a mais, é lucro, mas acredito que a meta do ano possa ser cumprida nas próximas semanas", afirmou o ministro.
Produtos que dependem essencialmente de taxas de câmbio elevadas para tornarem-se mais competitivos no exterior, soja em grãos e açúcar devem diminuir o ritmo das exportações nos próximos seis meses, disse Furlan. Segundo ele, os únicos fatores que poderiam colocar em risco o desempenho das exportações até o fim deste ano, seriam a ampliação de um clima recessivo no cenário internacional, especialmente nos Estados Unidos, e taxas de câmbio pouco atraentes para setores exportadores, como, por exemplo, o agronegócio.