Rio, 30 (Agência Brasil - Abr) - O consumo de energia da área de atuação de Furnas Centrais Elétricas fechou o resultado acumulado nos últimos doze meses, findo em abril último, com um crescimento de 9,6%, o quinto consecutivo, de acordo com dados divulgados pela assessoria de Imprensa da estatal. Os dados indicaram no primeiro quadrimestre de 2003, um consumo que totalizou cerca de 57.651 GWh, segundo informações preliminares divulgadas pelas principais concessionárias distribuidoras da região.
Este resultado significou uma expansão de 6,9% em comparação com o valor verificado no mesmo período de 2002. Merece destaque no comportamento do mercado registrado até o mês de abril, segundo Furnas, a manutenção dos valores de consumo de eletricidade em patamares inferiores aos verificados antes do período de racionamento. A categoria residencial continuou sendo responsável pela maior parcela da expansão no período janeiro/abril de 2003, acumulando um consumo de cerca de 15.727 GWh, o que significou uma alta de 12,3% sobre o valor assinalado em igual período do ano passado.
O segmento comercial totalizou no acumulado dos quatro primeiros meses de 2003 um consumo de cerca de 10.416 GWh, o que representou um crescimento de 10,0% em relação ao valor registrado em 2002. O comportamento destas categorias no acumulado do primeiro quadrimestre de 2003, já com a incorporação das taxas negativas verificadas no mês de abril, ainda se manteve positivo devido ao efeito estatístico da base de comparação deprimida (vigência do racionamento) e das elevadas temperaturas verificadas em todos os estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste, no início do ano.
A classe industrial registrou um consumo de cerca de 23.947 GWh no primeiro quadrimestre de 2003, o que correspondeu a um aumento de 1,2% em relação ao valor verificado no mesmo período do ano anterior, novamente a menor taxa de expansão entre as principais categorias de consumo. Este fraco desempenho continuou sendo influenciado pela migração para autoprodução de alguns grandes consumidores industriais, bem como refletiu o comportamento da produção industrial, que registrou quedas sucessivas nos meses de março e abril. (Nielmar de Oliveira)