Brasília, 30/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Ao optar por um curso superior à distância, o candidato deve ter os mesmos cuidados adotados por quem escolhe cursos presenciais. O curso deve ser, por exemplo, aprovado pelo Conselho Nacional de Educação e homologado pelo Ministério da Educação. Da mesma forma, os alunos devem estar atentos à infra-estrutura de apoio disponível, aos recursos educacionais adotados pela instituição, à equipe profissional multidisciplinar, entre outros detalhes.
Para assegurar informação aos estudantes sobre reconhecimento de cursos, a Secretaria de Educação à Distância (Seed) do MEC mantém em sua página na internet o cadastro atualizado dos cursos de graduação a distância que têm autorização de funcionamento. "É preciso lembrar sempre que os cursos de graduação à distância passam pelo mesmo processo que os presenciais para serem reconhecidos", frisa a diretora de Política de Educação à Distância, Carmem de Castro Neves.
A graduação à distância tem sido vista pelo MEC como uma excelente alternativa de democratização do acesso à formação superior, ao tornar possível que alunos que moram longe dos grandes centros urbanos concluam esse nível de ensino. "Mas o aluno precisa saber quando terá que comparecer aos pólos para aulas presenciais, provas ou monitorias e até estágios", explica Carmem.
A idéia é ampliar o número de vagas nas universidades públicas com esta modalidade de ensino. A meta é que, até 2006, todas as universidades estejam oferecendo cursos à distância, com o mesmo número de vagas que os dos cursos presenciais, que chegam a 250 mil por ano.
Para os professores, que a partir de 2006 terão que ter curso superior para entrar na carreira do magistério de todos os níveis de ensino - inclusive Educação Infantil e os dois primeiros ciclos do ensino fundamental, para os quais hoje exige-se apenas a conclusão do ensino médio na modalidade Normal - , é uma boa oportunidade para obterem a licenciatura. "Existem entre 800 mil e 1 milhão de professores sem curso superior", calcula Carmem. Atualmente, 50 mil alunos fazem cursos de licenciatura à distância, em 17 universidades públicas brasileiras.
No próximo ano, o MEC começa a pôr em prática o projeto de apoio às universidades federais, para que todas as 52 instituições federais de ensino superior passem a oferecer vagas para esta modalidade de ensino. "Precisamos também difundir os padrões de qualidade para que todos adaptem suas metodologias ao ensino à distância", afirma Carmem.