São Paulo, 29/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - As divergências de opiniões entre parlamentares e filiados do Partido dos Trabalhadores em torno do encaminhamento das reformas tributária e previdênciária ganharam hoje um forte clima de disputa política, durante a segunda etapa da reunião da Comissão de Ética que está avaliando o comportamento da ala radical em sessão realizada na sede do diretório na região central desta capital. Manifestantes solidários à senadora Heloisa Helena (PT-AL) e aos deputados João Batista de Araújo (PT-PA), o Babá, e Luciana Genro (PT-RS) cercaram o deputado federal Paulo Rocha (PA), uma das testemunhas de acusação na porta do prédio do Diretório acusando-o de "stalinista". Rocha esteve no local, mas retornará para depor às 15h.
Uma das manifestantes, Suzete Chappin, militante do Vale do Paraíba seguiu o parlamentar por cerca de 200 metros e inflamada acusou de fechar questão contra os interesses dos servidores públicos. Dizendo estar se sentindo agredido pelas palavras dos manifestantes o deputado afirmou que intolerância não cabe neste caso.
Segundo a sua avaliação o comportamento dos radicais provocou uma quebra de unidade de ação partidária, prejudicando os trabalhos da bancada. Por esta razão ele considera que os parlamentares devem ser enquadrados politicamente. Ele saiu em defesa da bancada, argumentando que os seus componentes ainda estão debatendo a matéria, " tanto que têm direito a fazer emendas".